Fluvia Lacerda.. Vida de modelo plus..
Fluvia Lacerda conta como é a vida de uma modelo plus!
"Como você começou a modelar?
Eu costumava trabalhar como babá em Nova Iorque e, um dia, enquanto estava no ônibus, fui parada pela editora de uma revista e ela me perguntou se eu já tinha considerado a ideia de me tornar uma modelo plus size. Ela me deu seu cartão e me falou brevemente sobre agências que tinham divisões que trabalhavam com modelos plus size e me encorajou a visitá-las.
Eu costumava trabalhar como babá em Nova Iorque e, um dia, enquanto estava no ônibus, fui parada pela editora de uma revista e ela me perguntou se eu já tinha considerado a ideia de me tornar uma modelo plus size. Ela me deu seu cartão e me falou brevemente sobre agências que tinham divisões que trabalhavam com modelos plus size e me encorajou a visitá-las.
Você acha que deveria ser simplesmente chamada de “modelo” ou você está ok de ser diferenciada como “modelo plus size”?
“Calça skinny, vestido A-line, etc… estas são apenas palavras para descrever algo que todos nós sabemos o que é, mas o descreve especificamente. Dá ao consumidor uma forma de identificar o que exatamente está sendo vendido ou falando sobre. É como eu me sinto sobre a questão “modelo” ou “modelo plus size”. Obviamente, a Prada não vai me contratar para um trabalho de modelo, porque é provável que nunca façam um produto para ser vendido para uma mulher do meu tamanho, que é 46. Então, eu trabalho para um nicho específico e eu não entendo o que tem de errado nisso. Não entendo porque as pessoas da indústria (de moda) para ficar tão ofendidas sobre isso ou desesperadas para ser incluído tudo no mesmo saco. Sim, eu sou uma modelo. É como eu pago minhas contas. Mas eu modelo roupas para mulheres que têm dificuldade em encontrar roupas em lojas comuns e que geralmente vão para a seção ou marca plus size. É simples e, para mim, não é nada demais. Se você olhar para mim, obviamente você saberá que eu sou plus size. Eu não uso 38, 40 ou 42. Uso 46, algumas vezes 48. Então, este é o formato do meu corpo e a indústria na qual trabalho e as mulheres que me mantêm empregada como plus size. Eu tenho zero problemas em ser chamada de modelo plus size.
“Calça skinny, vestido A-line, etc… estas são apenas palavras para descrever algo que todos nós sabemos o que é, mas o descreve especificamente. Dá ao consumidor uma forma de identificar o que exatamente está sendo vendido ou falando sobre. É como eu me sinto sobre a questão “modelo” ou “modelo plus size”. Obviamente, a Prada não vai me contratar para um trabalho de modelo, porque é provável que nunca façam um produto para ser vendido para uma mulher do meu tamanho, que é 46. Então, eu trabalho para um nicho específico e eu não entendo o que tem de errado nisso. Não entendo porque as pessoas da indústria (de moda) para ficar tão ofendidas sobre isso ou desesperadas para ser incluído tudo no mesmo saco. Sim, eu sou uma modelo. É como eu pago minhas contas. Mas eu modelo roupas para mulheres que têm dificuldade em encontrar roupas em lojas comuns e que geralmente vão para a seção ou marca plus size. É simples e, para mim, não é nada demais. Se você olhar para mim, obviamente você saberá que eu sou plus size. Eu não uso 38, 40 ou 42. Uso 46, algumas vezes 48. Então, este é o formato do meu corpo e a indústria na qual trabalho e as mulheres que me mantêm empregada como plus size. Eu tenho zero problemas em ser chamada de modelo plus size.
Você já foi incentivada a perder ou ganhar peso para conseguir um trabalho de modelo?
Sempre para perder peso. A verdade é que a indústria plus size é muito contraditória. Não são muitas marcas que gostam de realmente contratar uma garota grande para um trabalho; muitas delas vão preferir contratar uma modelo bem menor do que o seu tamanho mais vendido (que na maioria dos casos, como eu soube, é do tamanho 44 ao 50) e colocar enchimento nela. Também conhecido como “o traje gordo”. Marcas e companhias batem na mesma tecla do fato não comprovado de que mulheres plus size não querem ver elas mesmas (como seus tamanhos) nas fotos. Não faz sentido discutir o quão falso é isso, mas eu sempre defendo meu ponto de vista dizendo que se fosse verdade, eu não teria uma carreira tão bem sucedida.
Sempre para perder peso. A verdade é que a indústria plus size é muito contraditória. Não são muitas marcas que gostam de realmente contratar uma garota grande para um trabalho; muitas delas vão preferir contratar uma modelo bem menor do que o seu tamanho mais vendido (que na maioria dos casos, como eu soube, é do tamanho 44 ao 50) e colocar enchimento nela. Também conhecido como “o traje gordo”. Marcas e companhias batem na mesma tecla do fato não comprovado de que mulheres plus size não querem ver elas mesmas (como seus tamanhos) nas fotos. Não faz sentido discutir o quão falso é isso, mas eu sempre defendo meu ponto de vista dizendo que se fosse verdade, eu não teria uma carreira tão bem sucedida.
Você já teve que colocar enchimento para uma foto?
Nunca precisei!
Nunca precisei!
Você fica chateada quando vê pessoas comentando ou dizendo que você não representa uma mulher plus size?
Não. Como tudo na vida, todo mundo terá uma opinião sobre sua aparência. Enquanto a maioria dos meus seguidores elogia o meu trabalho, sempre terá alguém insatisfeito, dizendo que eu não sou grande o suficiente, ao mesmo tempo em que muitas agências dizem que eu estou muito gorda para ser parte de suas divisões plus size. Você tem mesmo que rir disso e continuar fazendo o que faz.
Não. Como tudo na vida, todo mundo terá uma opinião sobre sua aparência. Enquanto a maioria dos meus seguidores elogia o meu trabalho, sempre terá alguém insatisfeito, dizendo que eu não sou grande o suficiente, ao mesmo tempo em que muitas agências dizem que eu estou muito gorda para ser parte de suas divisões plus size. Você tem mesmo que rir disso e continuar fazendo o que faz.
Você já tratada com diferença pelas pessoas da indústria da moda por causa do seu tamanho?
Sim, algumas vezes. Eu tive uma cliente completamente chocada pelo meu tamanho na hora em que cheguei para uma sessão de fotos. Visivelmente e verbalmente também! Ao ponto de sussurrar para um diretor de produção o quão chateada ela estava de ter me contratado, dizendo (sem realmente se importar que todo mundo no estúdio a ouvia) “eu gosto de ganhar dinheiro de mulheres gordas, mas isso não significa que eu quero uma modelando para a minha companhia!” Conflitante? Absolutamente!
Sim, algumas vezes. Eu tive uma cliente completamente chocada pelo meu tamanho na hora em que cheguei para uma sessão de fotos. Visivelmente e verbalmente também! Ao ponto de sussurrar para um diretor de produção o quão chateada ela estava de ter me contratado, dizendo (sem realmente se importar que todo mundo no estúdio a ouvia) “eu gosto de ganhar dinheiro de mulheres gordas, mas isso não significa que eu quero uma modelando para a minha companhia!” Conflitante? Absolutamente!
Se você pudesse perder peso instantaneamente para ser uma modelo “regular”, você iria querer isso?
Não. Eu não acho meu corpo “irregular”, se você acha. Eu nunca soube que sendo magra eu poderia fazer mais do que eu faço hoje. Eu trabalho fora, tenho uma família, sou saudável e sou uma pessoa muito feliz com a vida com a qual fui abençoada. Ser instantaneamente magra não acrescentaria nada que eu já não tenha”.
Não. Eu não acho meu corpo “irregular”, se você acha. Eu nunca soube que sendo magra eu poderia fazer mais do que eu faço hoje. Eu trabalho fora, tenho uma família, sou saudável e sou uma pessoa muito feliz com a vida com a qual fui abençoada. Ser instantaneamente magra não acrescentaria nada que eu já não tenha”.
Como você se sente sobre a indústria de moda plus size?
É conflitante e, algumas vezes, um tanto absurda. É uma indústria que lucra com mulheres que muitas vezes as marcas nem sequer provam que elas podem se vestir bem, porque, bem, vestir um tamanho 38 não é desafio para ninguém, correto? Mas, de forma digna, tem cravado seu dente no mundo muito duro e restrito da moda e, embora os passos ainda sejam pequenos e lentos, coisas incríveis têm acontecido e progresso está sendo feito, graças a um grupo muito apaixonada que pressiona mais e mais."
É conflitante e, algumas vezes, um tanto absurda. É uma indústria que lucra com mulheres que muitas vezes as marcas nem sequer provam que elas podem se vestir bem, porque, bem, vestir um tamanho 38 não é desafio para ninguém, correto? Mas, de forma digna, tem cravado seu dente no mundo muito duro e restrito da moda e, embora os passos ainda sejam pequenos e lentos, coisas incríveis têm acontecido e progresso está sendo feito, graças a um grupo muito apaixonada que pressiona mais e mais."
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